O YOGA QUE CHEGA A QUEM CHEGA AO YOGA

O YOGA QUE CHEGA A QUEM CHEGA AO YOGA

Identificando as aflições, anseios e receios que movem as pessoas ao Yoga; observando o quanto essa ciência da consciência é apresentada muitas vezes na forma de um discurso simplista de auto ajuda…ou com uma arrogância vazia do tipo “eu vou ensinar vocês…”. Ou ainda, inundando a internet, um Yoga reduzido somente à posturas, fáceis ou difíceis não  importa, mas onde o que fica mais óbvia é a “pose” e a fantasiosa importância que o “praticante” ali atribui ao que esta fazendo e a si mesmo por estar fazendo. E chamando a isso “yoga”!  Se é modismo, imitação, ingênuo entusiasmo de principiante, “mico” simplesmente…pouco importa. Com isso tudo, no entanto, se torna claro o abismo entre as inquietações existenciais da condição humana em nossa época e essas vulgarizações todas. 

Vendo com o olhar de um Yogi real lá da Índia o que surge é um misto de vergonha alheia, pelo patético da situação. E ao mesmo tempo, como contraponto, a constatação de que o Yoga é livre e que se torna o que se faz dele. E de que a sua única proteção é decididamente o senso critico ….de praticantes e “instrutores”. E então, por isso mesmo é necessário sempre compartilhar o que se observa. E observar investigando da forma mais lúcida possível, para assim quem sabe criarmos maturidade nesse caminhar.

O Yoga tem uma grande função nessa época e sua profundidade precisa ser descortinada para todos. O Yoga não trará respostas prontas ou soluções fáceis…mas fará perguntas fundamentais, e ao mesmo tempo criará as condições de percepção para que as respostas sejam encontradas no mais íntimo de cada um. E de modo tão autêntico que tenham a força de se expressar espontaneamente em valores, interesses, atitudes e cultura, transformando e trazendo luz ao cotidiano de cada um e ao mundo a sua volta.  

                 Akal Muret Singh

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